Tipos de alergia, identificando causas e sintomas provocados pelas alergias. Conselhos, dicas de tratamento e cura dos diversos tipos de alergia. Rinite e conjuntivite alérgica, asma, dermatite atópica, urticária, anafilaxia, sinusite e otite média.


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Tratamento da asma com corticosteróide inalatório

O corticosteróide inalatório é o tratamento de primeira escolha no manejo do paciente com asma persistente leve, moderada ou grave. O tratamento com corticosteróide inalatório reduz de forma significativa os sintomas, a hiper-responsividade da via aérea a diferentes estímulos, a necessidade de beta2-agonista de curta ação, o número de hospitalizações por asma e a mortalidade. Podem ser usados com segurança em crianças, idosos e gestantes.
A terapia inalatória com corticoesteróides na asma só foi possível com a introdução de agentes que reuniram máxima potência tópica e mínima biodisponibilidade sistêmica. Os corticóides inalatórios disponíveis apresentam algumas diferenças na biodisponibilidade e potência tópica.
A partir do conhecimento dessas diferenças de potência, as doses equivalentes podem ser calculadas. As doses a serem usadas devem sempre levar em consideração os parâmetros clínicos de controle da doença, devendo ser reduzidas até o mínimo necessário para manter o paciente com função pulmonar normal ou próximo do normal, maior número de dias livres de sintomas, melhor desempenho de atividades. Por outro lado, doses progressivamente mais altas de corticosteróides inalatórios não se traduzem necessáriamente em melhores respostas clínicas ou funcionais.
Os dispositivos para administração podem afetar a potência terapêutica dos corticosteróides inalatórios. A budesonida por sistema turbuhaler® tem deposição duplicada em relação ao aerossol dosimetrado, aumentando a eficácia clínica.
Consideram-se doses baixas/médias de corticosteróides inalatórios as inferiores a 800 mcg de beclometasona/dia em adultos e 400 mcg/dia em crianças e doses altas aquelas acima desses valores.
Os corticosteróides inalatórios são usualmente utilizados 2 vezes ao dia. Em pacientes graves, ou durante exacerbações, a freqüência poderá ser elevada para 3 ou 4 vezes ao dia. Há estudos recentes, com corticosteróides inalatórios de mais nova geração, que demonstram boa resposta com o uso 1 vez ao dia.